sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

31/01/2014 - 09:15

31/01/2014 - 09:15 Unesp e UFSCar estudam efeitos do agrotóxico no organismo das abelhas G1 Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unesp, em Rio Claro (SP), estão estudando os efeitos nocivos dos agrotóxicos no organismo das abelhas. Nos últimos anos, aumentou o número de apicultores que perderam colmeias por causa do veneno usado na agricultura. Na sexta-feira (31), em Brasília, um encontro no Ministério Público Federal vai discutir alternativas para a pulverização aérea, que está liberada no Estado de São Paulo até junho. Em Gavião Peixoto, o apicultor José Luiz Tobias dos Santos perdeu cerca de 2 milhões de abelhas africanizadas. Ele pretendia colher o mel silvestre, mas perdeu tudo. “Na primeira vez eu perdi 100 [colmeias] e foi juntando, mais 30 agora”, afirmou. Ele ainda aguarda um laudo da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente sobre a mortandade. O resultado deve sair na sexta-feira.] Os produtores do município acumulam prejuízo há dois anos seguidos. Em 2012, eles perderam dezenas de colmeias, quando morreram mais de um milhão de abelhas. Na época, um laudo constatou que elas morreram por causa de um veneno usado nas lavouras. Em Pirassununga, o apicultor Geraldo José Benini perdeu 30 colmeias no ano passado. Com medo de mais prejuízos, ele mudou os enxames de lugar e levou para uma mata fechada. A intenção é colher quase 3 toneladas de mel. Apesar disso, ele não sabe até quando consegue fugir dos agrotóxicos. “Se não diminuir esse uso indiscriminado de veneno, o nosso futuro é incerto, vai acabar, não tem como”, disse. Pulverização de aviões Para pesquisadores da Unesp de Rio Claro, a grande ameaça é o agrotóxico usado principalmente para eliminar as pragas do canavial. O risco aumenta quando a pulverização é feita por aviões. “Acaba espalhando muito o agrotóxico na hora da aplicação e acaba pegando as margens da culturas, onde estão as abelhas. É um fenômeno que está recorrente no Estado de São Paulo. Todo ano a gente tem uma perda muito grande de colmeias e abelhas nativas”, afirmou o pesquisador da Unesp Osmar Malaspina. Pulverização de aviões Para pesquisadores da Unesp de Rio Claro, a grande ameaça é o agrotóxico usado principalmente para eliminar as pragas do canavial. O risco aumenta quando a pulverização é feita por aviões. “Acaba espalhando muito o agrotóxico na hora da aplicação e acaba pegando as margens da culturas, onde estão as abelhas. É um fenômeno que está recorrente no Estado de São Paulo. Todo ano a gente tem uma perda muito grande de colmeias e abelhas nativas”, afirmou o pesquisador da Unesp Osmar Malaspina.

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