quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Índice de Preços ao Produtor varia 0,65%, aponta IBGE
Índice de Preços ao Produtor varia 0,65%, aponta IBGE
30/01/2014 16:47
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,65%, em dezembro do ano passado, em comparação ao mês anterior, número muito próximo ao observado na comparação entre novembro e outubro/ (0,64%). O indicador acumulado em 2013 (e em 12 meses, portanto) fechou em 5,75%. Este índice foi superior ao acumulado nos 12 meses anteriores (novembro), que chegou a 5,06%.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação.
17 das 23 atividades pesquisadas apresentam alta de preços- Em dezembro de 2013, 17 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 16 do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em dezembro se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Refino de petróleo e produtos de álcool (2,97%), Equipamentos de informática, Produtos eletrônicos e ópticos (-2,77%), Outros produtos químicos (2,35%) e Calçados e artigos de couro(1,82%). Em termos de influência, sobressaíram Refino de petróleo e produtos de álcool (0,32 p.p.), Outros produtos químicos (0,26 p.p.), Metalurgia (-0,13 p.p.) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,08 p.p.).
O indicador acumulado no ano (dezembro/13 contra dezembro/12) atingiu 5,75%, contra 5,06% em novembro/13. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais nesta comparação sobressaíram: fumo (14,69%), calçados e artigos de couro (10,87%), papel e celulose (8,85%) e bebidas(8,63%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (1,38 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,77 p.p.), outros produtos químicos (0,60 p.p.) e metalurgia (0,44 p.p.).
Alimentos: em dezembro, os preços de alimentos variaram, em média, 0,35%. Com isso, o setor acumulou variação positiva de 6,84% em 2013, menor, portanto, que a de 2012 (14,86%). Os produtos de maiores influências em dezembro de 2013 foram: "leite esterilizado / UHT / Longa Vida", "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, "resíduos da extração de soja" e "sucos concentrados de laranja" que contribuíram com 0,05 p.p. na taxa de 0,35%.
Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade registrou variação de 2,97% em dezembro com relação a novembro de 2013, invertendo trajetória negativa registrada nos dois últimos meses. Na composição geral do índice da indústria de transformação, o setor participou com 0,32 p.p. O resultado de dezembro fez com que o índice do setor fechasse o ano acumulando alta de 7,07%, sétima posição entre as maiores variações setoriais de 2013. Em novembro/13, o indicador acumulava no ano 3,98%, se mantendo entre as mais baixas variações positivas.
Tanto no resultado de dezembro como no resultado do ano de 2013, “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “gasolina”, “álcool etílico (anidro ou hidratado)” e “naftas” se destacaram em termos de influência. A influência desses quatro produtos atingiu 2,84 p.p. na explicação de 2,97% no índice setorial.
Outros produtos químicos: com o aumento de 2,35% em dezembro de 2013 — o segundo maior do ano (em julho foi 2,78%) —, após dois meses de queda no índice mensal, o setor acumulou aumento de 5,45% em 2013, o menor de toda a série, iniciada em 2010.
Os quatro produtos que se destacaram em termos de influência na comparação com o mês anterior foram:"propeno (propileno) não-saturado", "sulfato de amônio ou uréia", "etileno (eteno) não-saturado" e "adubos ou fertilizantes à base de NPK". Juntos, eles responderam por 1,94 p.p. da variação de 2,35%.
Metalurgia: o resultado de dezembro foi de -1,60%, terceira queda no último quadrimestre do ano. Desta forma, o acumulado anual passou de 7,48% em novembro, para 5,76%, que ainda assim é o maior resultado, neste tipo de comparação, desde o início da série em 2010.
No mês de dezembro, os quatro produtos com maiores influência foram “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”, “folhas-de-flandres”, “ligas de alumínio em formas brutas” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”. Esse produtos contribuíram com -1,77 p.p., ou seja, os demais 18 produtos da atividade contribuíram com apenas 0,17 p.p. no resultado do mês.
Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: em dezembro de 2013, o setor registrou uma queda nos preços de 2,77% frente novembro, revertendo a situação apresentada no último mês. O acumulado no ano indica uma variação negativa de 1,44%; inferior ao registrado no acumulado de 2012 (variação positiva de 3,32%). Os quatro produtos com maiores influências foram “computadores”, “medidores de consumo de eletricidade”, “telefones celulares” e “cartões inteligentes – smart card”, que contribuíram com -2,68 p.p.
Resultado de 2013 é o segundo menor desde 2010- Entre 2010 e 2013, os preços das indústrias de transformação cresceram, em média, 25,76%. Porém, o maior aumento se deu em 2010 (8,04%), ano de recuperação pós-crise 2008/2009, com particular pressão de demanda e impactos diretos no setor de Alimentos (21,24%). Em 2012 e 2013, ao contrário de 2010, o efeito câmbio demarca bem o resultado final. Em 2010, houve uma valorização do Real de 3,3%, enquanto em 2012 a desvalorização foi de 13,1% e, em 2013, de 12,9%.
Assim, os aumentos de 2010 estiveram atrelados à resposta de preços advinda de uma maior demanda, inclusive na ordem da economia mundial, o que acarretou elevação de preços das commodities exportadas pelo Brasil. Vale observar que, neste ano, as maiores altas foram verificadas em Alimentos, Têxteis (em resposta ao aumento do algodão no mercado externo) e Outros produtos químicos. Em 2013, por sua vez, Fumo encabeça as maiores elevações (efeito em parte do câmbio, mas também por conta de mudanças ligadas ao setor) seguido por Calçados e produtos de couro e Papel e celulose, todos beneficiados pela desvalorização cambial.
Quando se olha o peso em termos de influência, Alimentos, apesar de ter, em 2013, a 10ª posição em termos de variação, continua, como em 2010, a ser o primeiro em termos de influência. Vale observar, ainda em termos de influência nos dois extremos da série, a troca de posição entre os setores de Refino de petróleo e produtos de álcool e Outros produtos químicos. Este, em 2010, era o segundo mais influente e passou a ser o terceiro em 2013, movimento contrário ao que se sucedeu com o setor de petróleo e álcool. Porém, quando se olham as variações, 2013 foi o único ano em que os preços do setor químico variaram menos do que os de petróleo e álcool. Vale dizer que a variação de 2,97% observada nos preços de Refino de petróleo e álcool, em dezembro contra novembro, foi a maior entre todas as atividades que compõem as indústrias de transformação, e, com isso, o acumulado no ano (7,07%) esteve acima da média (5,75%).
Setor que esteve sempre com variações de preços que o situam entre os de menor variação (21º em 2010 e 19º em 2013), Veículos automotores avançou bastante em termos de posição na perspectiva da influência, saindo de 22º para quinto lugar. Esse movimento coincide com o fato de, em 2013, o setor ter alcançado o seu maior nível (3,23%).
Fonte: Assessoria
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