sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Confederação Nacional de Agricultura discute relações exteriores 28/11/2014 16:35

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, ontem, da III Conferência Nacional de Relações Exteriores, promovida pela Fundação Alexandre de Gusmão, na Universidade de Brasília (UnB). A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo, apresentou os temas de interesse do agronegócio no painel sobre a integração regional na América do Sul, ao lado de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da própria UnB. O moderador do debate, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, foi um dos idealizadores do Mercosul, contribuindo, com sua visão histórica, para enriquecer a discussão e levantar polêmicas. Houve consenso entre os representantes do setor produtivo e da academia contra a dispersão no processo de integração regional e a politização das estratégias do bloco nestes 23 anos de existência. Nesta discussão, a superintendente da CNA defendeu uma visão mais pragmática na condução do Mercosul e na definição de seus posicionamentos. Na visão do agronegócio, a integração deve estar a serviço de uma maior inserção do Mercosul no comércio global e também deve focar nas políticas que estimulem o ingresso de investimentos no bloco. O agro lidera a pauta de exportações, apresentando sucessivos recordes em volume e valor de vendas externas, especialmente em grãos, carnes, açúcar e café. “Mais da metade da produção brasileira de alguns destes produtos é exportada, o que mostra a importância do comércio exterior para a agropecuária brasileira”, disse Tatiana Palermo, destacando que, ao mesmo tempo, o mundo conta com o Brasil para garantir sua segurança alimentar. “E se o mundo precisa de nós, é chegada a hora de negociarmos acordos com grandes mercados consumidores como União Europeia, China, União Econômica Euroasiática, Estados Unidos, México e Canadá, entre outros”, afirmou. Neste ponto, a superintendente registrou que a negociação em bloco tem sido um obstáculo à conquista de novos mercados, dada a dificuldade de se obter um consenso na oferta de eliminação de tarifas de importação. De qualquer forma, concluiu, é importante registrar aspectos altamente positivos, como o fato de o continente estar sempre unido em defesa da qualidade e da sanidade de seus produtos agropecuários, o que reforça a posição do continente sul-americano nos organismos internacionais. Fonte: Assessoria

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