sábado, 29 de novembro de 2014
Falta de chuvas em Nova Mutum (MT) preocupa produtor de soja
Em algumas áreas, sementes não germinaram devido ao estresse hídrico.
Produtor sente necessidade de plantar, mas aguarda mais chuvas.
29/11/2014 11h57 - Atualizado em 29/11/2014 11h57
Do G1 MT
Nesta época do ano, o produtor Vicente Costa Beber esperava ter chuva suficiente para que sua lavoura de soja se desenvolvesse normalmente. No início do plantio, o tempo seco atrasou os trabalhos de semeadura. Hoje, alguns talhões têm as folhas murchas, reflexo do estresse hídrico, que também pode provocar a morte do pé-de-soja. O produtor conta que, na região, as nuvens se formam, mas a chuva não cai.
A preocupação se volta agora para as variedades precoces que estão entrando na fase de enchimento de grãos e podem ter o desenvolvimento e o rendimento comprometidos. “Ano passado, nessa mesma variedade, colhi 60 a 62 [sacas por hectare] e este ano nesse porte que está aí, será 35 a 30. O momento dela florescer, vingar as flores, já passou. É perda certa”, diz.
Nas áreas onde foram plantadas variedades tardias, a preocupação também está presente. Como há pouca água, algumas sementes com 15 dias não germinaram e há falhas na linha de plantio. Beber já sabe que vai ter que replantar a área.
“São 34 anos que eu tenho em Mato Grosso e nunca aconteceu uma situação dessa. Tenho visto já atrasar as chuvas, mas quando ela iniciava o ciclo dela era normal. Este ano ela começou bem, entusiasmando o produtor e, de repente, começou a dar muitas falhadas no meio, com ciclos de veranico muito prolongados”, compara o produtor.
Além da falta de chuvas, o agricultor atribui o problema neste talhão ao vigor das sementes que ele usou, que poderia estar abaixo do padrão. Será preciso replantar 700 hectares, no entanto, o produtor aguarda períodos mais constantes de chuvas para que isso aconteça.
“Já poderia estar o trator rodando aí, mas por não ter condições, não vou poder dar tiro no escuro. E aí vem essa ansiedade, porque eu vejo os dias passando e quanto mais atrasar eu sei que a produtividade vai ser menor, eu terei mais problema com doenças. Você imagina a região colhendo, a região tirando a soja e a praga aqui. Então altera muito o custo”, comenta.
tópicos:
Mato Grosso, Nova Mutum
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