sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Seca atrapalha o desenvolvimento da tuia, pinheiro tradicional de Natal
Aos poucos, os agricultores de SP começam a vender as plantas.
Tradicionais pinheiros resistem a concorrência das árvores artificiais.
Edição do dia 28/11/2014
28/11/2014 07h56 - Atualizado em 28/11/2014 08h08
Kriss Oliveira
Do Globo Rural
Aos poucos, os agricultores de Mogi das Cruzes, em São Paulo, começam a vender as tuias.
Os tradicionais pinheiros de Natal resistem à concorrência com as árvores artificiais, mas neste ano, eles foram prejudicados pela seca.
As tuias áureas, mais pedidas para o fim de ano, são bem cheias e têm cerca de 1 metro de altura. Em quase 20 dias de colheita, 2 mil plantas foram tiradas de uma propriedade em Mogi das Cruzes para antigos clientes da região e da Grande São Paulo.
José Adolfo de Toledo diz que os preços devem se manter estáveis em relação a 2013. Apesar do clima seco, as plantas com mais de seis meses não foram afetadas pela estiagem, mas o mesmo não se pode dizer das mudas.
Em outro sítio, também em Mogi das Cruzes, a variedade cultivada é a kaizuka, com formato diferente, vendida para clientes que procuram uma árvore de Natal mais sofisticada.
Como as casas e apartamentos estão cada vez menores, ao contrário de outros anos, as plantas menores, com 80 centímetros, têm sido as mais procuradas e os preços têm caído ano a ano. No fim da década de 60, quando o pai de Ricardo Ishibashi começou a produção, as kaizucas chegavam a custar o triplo do preço das áureas, mas agora, os valores das duas variedades estão quase iguais.
Ricardo diz que os preços caíram, pelo menos, 20% em relação ao ano passado e, por isso, está difícil pagar as contas.
As vendas nesse fim de ano devem cair 10% em relação ao ano passado porque a falta de chuva mudou os hábitos de muitos consumidores. “O pessoal não pode comprar porque não pode jogar água nas plantas e sabe que, com isso, elas vão acabar secando”, diz Ricardo.
tópicos:
Economia, Mogi das Cruzes
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