sexta-feira, 31 de março de 2017

À espera dos dados do USDA, milho mantém estabilidade na manhã desta 6ª feira na Bolsa de Chicago



Às 7h54 (horário de Brasília), as principais posições da commodity apresentavam ganhos entre 1,00 e 1,25 pontos


Ainda em compasso de espera, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (31) com ligeiras altas, próximos da estabilidade. Às 7h54 (horário de Brasília), as principais posições da commodity apresentavam ganhos entre 1,00 e 1,25 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,58 por bushel, enquanto o julho/17 a US$ 3,66 por bushel.
Os participantes do mercado aguardam as primeiras projeções da nova safra americana. Os números serão trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira. A perspectiva é que haja uma redução na área plantada com o cereal nesta temporada.
No sul dos Estados Unidos, os produtores já iniciaram o plantio do grão. Inclusive, em Louisiana, a semeadura do cereal já chegou a 50%, conforme dados das agências internacionais. Porém, os trabalhos nos campos deverão ser intensificados em abril e maio.
Além disso, o USDA também traz novo relatório dos estoques trimestrais de milho no país. Por outro lado, a safra na América do Sul continua no radar dos investidores.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Em Chicago, milho fecha pregão desta 5ª feira próximo da estabilidade à espera dos números da safra dos EUA
Mais uma vez, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia próximos da estabilidade. Ao longo do pregão desta quinta-feira (30), as principais posições da commodity exibiram ligeiras movimentações e encerraram o pregão com quedas de 1 ponto. O contrato maio/17 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o julho/17 finalizou a sessão a US$ 3,65 por bushel.
"As cotações de milho e trigo enfraqueceram à medida que os comerciantes ajustaram as posições antecipando dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", reportou a agência Reuters internacional. Nesta sexta-feira (31), o órgão reporta os primeiros dados sobre a safra do país e os estoques trimestrais.
O sentimento do mercado é que o departamento confirme uma redução na área destinada ao plantio do milho. Inclusive, a semeadura do grão já começou no país. O estado de Louisiana já semeou cerca de 50% da área projetada para essa safra, conforme dados das agências internacionais. Os trabalhos nos campos deverão ser intensificados em abril e maio.
O USDA ainda reportou nesta quinta-feira seu boletim semanal de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 23 de março, as vendas de milho somaram 841,9 mil toneladas. Cerca de 716,9 mil toneladas do grão são referentes à safra 2016/17 e o restante, de 125 mil toneladas, do ciclo 2017/18.
O volume total ficou abaixo das expectativas dos investidores que estavam entre 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas do cereal. Na última semana, o número ficou em 1.474,1 milhão de toneladas de milho.
Em contrapartida, a projeção de uma grande safra na América do Sul permanece como um fator negativo aos preços, já que a perspectiva é que as exportações norte-americanas sejam afetadas.
Mercado brasileiro
A quinta-feira (30) também foi de estabilidade aos preços do cereal no mercado brasileiro. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor subiu 2,13% em Rio do Sul (SC) e a saca fechou o dia a R$ 24,00.
No Porto de Paranaguá, o valor futuro também subiu, em torno de 1,75%, com a saca a R$ 29,00. Porém, em São Gabriel do Oeste (MS), os preços cederam 2,27%, com a saca a R$ 21,50.
Os preços seguem sem força no mercado interno e pressionados negativamente diante da perspectiva de recomposição na oferta. Nesta temporada, a perspectiva é que os produtores rurais brasileiros colham mais de 90 milhões de toneladas do cereal.
Além da oferta, o mercado também está preocupado com a demanda, uma vez que após a deflagração da Operação Carne Fraca, os compradores estão mais receosos. Em importantes regiões de consumo, as lideranças têm ressaltado a postura das indústrias diante desse quadro.
Consequentemente, já uma perspectiva de que as exportações precisem ser maiores nesta temporada para enxugar o excedente de oferta no mercado doméstico. Por enquanto, os números oficiais apontam para embarques dá ordem de 30 milhões de toneladas. No entanto, há muitas preocupações em relação ao comportamento cambial.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, durante do GAF Talks, o presidente executivo da Abramilho, Alysson Paolineli, reforçou que será necessária a intervenção do Governo no mercado do cereal.
"Não podemos é voltar para a época da sanfona, com safras altas e preços baixos. O governo tem que estar atento e intervir. Comprar esse milho e fazer um estoque para recuperar o dinheiro de forma nacional, para que o produtor possa estar próximo do consumidor interno", disse o presidente.
BM&F Bovespa
A sessão desta quinta-feira foi de leves modificações aos preços do milho praticados na bolsa brasileira. As principais posições do cereal caíram entre 0,11% e 0,57%. O vencimento maio/17 era cotado a R$ 28,38 a saca e o setembro/17 a R$ 27,68 a saca. O janeiro/18 subiu 2,08% e finalizou o dia a R$ 29,50 a saca.
Além da influência de Chicago, os preços ainda refletem a situação do mercado doméstico e também do comportamento do câmbio. A moeda norte-americana avançou 0,87% e terminou o dia a R$ 3,1440 na venda. Conforme dados da Reuters, a alta é decorrente da briga pela formação da Ptax desse mês e em um movimento de compra dos investidores, como medida de proteção.


Data de Publicação: 31/03/2017 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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