sexta-feira, 31 de março de 2017

Soja opera estável nesta 6ª feira em Chicago já na espera pelos novos números do USDA



Por volta das 7h50 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago cediam entre 0,50 e 2 pontos e tinha o maio/17 valendo US$ 9,61 por bushel


A sexta-feira (31) é de novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e, à espera dos novos números, o mercado da soja caminha de lado e exibindo apenas ligeiras baixas. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago cediam entre 0,50 e 2 pontos e tinha o maio/17 valendo US$ 9,61 por bushel.
Os traders vieram ajustando suas posições e mantendo um comportamento técnico dos preços na expectativa dos reportes de estoques trimestrais em 1º de março deste ano e, principalmente, de intenção de plantio com as primeiras projeções oficiais para a safra 2017/18.
Na sequência, como explicam analistas e consultores de mercado, o foco dos traders passa a ser o clima nos Estados Unidos, o que traz, naturalmente, uma incerteza para a nova safra. E neste ano, o fator adicional é a possibilidade de ocorrência de um El Niño e o fenômeno, tradicionalmente, tem sido favorável para a produtividade dos grãos.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja fecha abaixo dos R$ 67 nos portos brasileiros e produtor à espera do clima nos EUA e USDA
Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago caíram no pregão desta quinta-feira (30). As posições mais negociadas perderam mais de 6 pontos, o maio/17 fechou com US$ 9,62 por bushel e os futuros da oleaginosa renovaram suas mínimas em cinco meses.
A soja liderou as baixas, porém, seus mercados vizinhos também cederam na preparação para os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nesta sexta-feira, 31 de março. Os estoques trimestrais do país deverão ser elevados e o boletim de intenções de plantio podem confirmar um aumento na área destinada à soja.
Para analistas nacionais e internacionais, nesse momento das temporadas e nas atuais circunstâncias em que estão os preços no mercado futuro norte-americano, a tendência é de que os números de área ganhem maior atenção e repercussão do que os estoques. Os dados serão reportados às 13h (horário de Brasília). Enquanto isso, os traders seguem observando com as expectativas.
Para a soja, as expectativas do mercado variam de 34,76 a 36,5 milhões de hectares, com média de 35,65 milhões. O número, ao ser confirmado, ficaria bem acia dos 33,75 milhões.
O pouco suporte para as cotações, por outro lado, também veio do departamento agrícola norte-americano. As vendas semanais norte-americanas ficaram acima das expectativas e, do total estimado para ser exportado pelos EUA nesta temporada 2016/17 - 55,10 milhões de toneladas -, já há quase 100% comprometido.
Foram negociadas 681 mil toneladas e elevou o total já comprometido pelos EUA a 54.669,9 milhões de toneladas, ou seja, 99,2% do total projetado para esta temporada, de 55,1 milhões de toneladas. As vendas deste ano comercial superam as do anterior em 25%. Nesta semana, os principais compradores foram os alemães.
Além disso, ainda nesta quinta, o USDA anunciou a vendas de 165 mil toneladas de soja da safra nova para a China e também contribuiu para trazer algum equilíbrio às cotações. No entanto, a pressão da nova safra da América do Sul e mais esse ajuste antes dos novos dados seguem pesando sobre as cotações, como explicam analistas e consultores de mercado.
E nesse ambiente, como explica o analista internacional Bob Burgdorfer, do portal Farm Futures, os fundos voltaram a vender parte de suas posições, acentuando ainda mais o recuo. Complementando, diz ainda que "o clima continua favorável para as safras da América do Sul e dos EUA, enquanto as chuvas permitem a adequação dos níveis de umidade nos solos americanos e chegam na medida para não atrapalhar a conclusão da colheita sul-americana".
Preços no Brasil
A formação dos preços no Brasil até poderia ter sido beneficiada pela alta de quase 1% do dólar frente ao real nesta quinta, que levou a moeda americana a R$ 3,1440, mas a limitação veio das baixas em Chicago.
Assim, as cotações perderam até 1,92% no interior do Brasil, com as referências entre R$ 52,00 e R$ 65,50 por saca. E nos portos, a referência da soja disponível perdeu os R$ 67,00 para fechar com R$ 66,50 em Paranaguá e R$ 66,70 em Rio Grande.
EUA já comprometeram 99% das exportações (AGResources)
O relatório de exportações do USDA desta manhã trouxe um número acima do esperado para a soja norte-americana.
Com 681 mil toneladas vendidas (em contratos) durante a semana e quase 1 milhão de toneladas embarcadas, os Estados Unidos bateu um recorde de exportação para esta semana.
A Alemanha liderou o ranking de compras em contratos, com 208 mil toneladas, seguida pelo México com 172 mil. Já nos embarques, a gigante asiática, China, tomou conta de 479 mil toneladas.
O total acumulado para a campanha de exportação de soja dos EUA já encontra com 54,67 MTs acumuladas, o que representa 99% das estimativas do USDA.
Com 5 meses faltando para o fim do ano comercial vigente, o total de soja norte-americana vendida poderá exceder a projeção do Departamento da Agricultura (55,1 MTs). |
CBOT hoje operou com pressão técnica baixista. Fundamentos não trazem nenhum sustento para preços frente ao relatório desta sexta-feira (USDA).


Data de Publicação: 31/03/2017 às 11:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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