quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

26/02/2014 - 15:30

26/02/2014 - 15:30 Mercado aposta em alta de 0,25 ponto para a taxa de juros O Estado de S. Paulo No maior ciclo de alta de juros do governo Dilma Rousseff, a Se-lic deve alcançar nesta quarta-feira io,75%ao ano, o mesmo valor em que se encontrava quan- do Alexandre Tombini assumiu a presidência do Banco Central (BC), em janeiro de 2011. A maior parte do mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará osjuros básicos em 0,25 ponto porcentual, depois de seis altas consecutivas de 0,5 ponto. Ganhou terreno no mercado a ideia de que o BC fará um "freio" no aperto monetário, depois da divulgação de indicadores que apontam ritmo cada vez mais fraco da atividade econômica e inflação um pouco menor do que se esperava no início do ano. Contribui ainda para esta visão uma estabilização no preço do dólar nos últimos dias, após a desvalorização causada pela aversão dos investidores aos mercados emergentes ocorrida em janeiro. A desaceleração da alta de juros foi sacramentada na semana passada, quando o governo anunciou meta de superávit primário de 1,9% do PIB para este ano, mesmo esforço fiscal realizado no ano passado. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a sugerir que a política monetária seja "menos severa". O recado de Tombini de que a política monetária já surte efeitos também referendou apostas num ritmo menor de alta da Selic. Tranqüilidade Para a economista-chefe da consultoria Rosenberg, Thaís Zara, os dados da produção industrial e a queda nas vendas do varejo mostraram uma deterioração da economia que não vai ser compensada com os números de janeiro. Por outro lado, os indicadores de inflação trouxeram uma "surpresa positiva". "Embora não tenham sido capazes de justificar uma postura menos agressiva da política monetária, os números dão uma tranqüilidade adicional." "O mercado diz que uma alta menor agora faria sentido, mas este mesmo mercado diz que o Banco Central terá que subir os juros em 2015. Ou seja: o mundo acredita que o BC não tem a coragem de fazer o ajuste necessário", afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. Para ele, subir a Selic em 0,5 ponto porcentual é a "chance de ouro para restabelecer a credibilidade arranhada". "Seria uma forma simples e barata do BC ancorar parte das expectativas.

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