quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

26/02/2014 - 16:50

26/02/2014 - 16:50 Transportador diz que só agricultor despreparado paga frete mais caro De Sinop - Alexandre Alves Foto: Ilustração Segundo o diretor da ATC-MT, o valor médio é de R$ 320 a tonelada, mesmo valor do pico da safra 2012/13 O presidente da transportadora Bergamasco e diretor da Associação de Transportadores de Carga de Mato Grosso (ATC-MT), Dirceu Capeleto, disse, nesta quarta-feira, que somente produtor rural “despreparado” é pego de surpresa e paga frete mais caro na época da colheita de soja. Dados de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados na segunda-feira (24) revelaram que o preço do frete entre o Médio-Norte de Mato Grosso e o Porto de Santos (SP) disparou nas últimas semanas, chegando a R$ 330 por tonelada, batendo o recorde histórico. “Mas este valor só é pago pelos produtores despreparados, que não fizeram uma programação de escoamento de safra antes. Os contratos com as transportadoras são finalizados entre novembro e dezembro, com o valor do frete já estabelecido. Somente quem não se programou ou tem alguma emergência de transporte paga R$ 330 ou até R$ 340 a tonelada”, disse Capeleto, em entrevista ao Valor Econômico. Preço do frete em Mato Grosso dispara com evolução da colheita de soja Cerca de 300 bitrens com soja de Mato Grosso ficam parados em atoleiros na BR-163 Segundo o diretor da ATC-MT, o valor médio é de R$ 320 a tonelada, mesmo valor do pico da safra 2012/13. “Isso significa que nossa rentabilidade está menor, porque tivemos um aumento de custos considerável”, reclama. Capeleto cita que os custos aumentaram em relação à safra passada, como reajuste dos pneus (4%), aumento dos combustíveis e manutenção dos caminhões por problemas nas estradas. “Este ano, com os investimentos destinados à Copa, o governo de Mato Grosso não fez nem a operação tapa buraco nas rodovias estaduais e está tudo mais precário do que costuma ser”. A safra de soja em Mato Grosso está com a metade da colheita em andamento, com previsão de retirar das lavouras quase 27 milhões de toneladas – cerca de três milhões de toneladas a mais que no ciclo anterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário