quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
26/02/2014 - 17:16
26/02/2014 - 17:16
Chuvas impedem colheita de meio milhão de hectares de soja e prejuízos podem somar R$ 438 milhões
Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo
Foto: Arquivo
Muita soja para colher ao mesmo tempo e muita chuva concentrada. A soma desses dois fatores resulta em subtração, muitas perdas em campo. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), 501,27 mil hectares de soja deixaram de ser colhidos no tempo ideal somente no período de 14 a 24 de fevereiro, o que pode resultar em um prejuízo de R$ 438 milhões.
Tal prejuízo é calculado considerando a possibilidade de situação extrema, uma perda de 30% de toda a produção.
Se as chuvas continuarem insistentes em algumas regiões, como o Norte do Estado, as perdas podem prolongar-se por outros períodos, tornando-se ainda maiores.
“A projeção feita pelo Imea foi baseada no potencial de colheita e o número real colhido, assim foi possível uma tabela de sensibilidade, que varia entre de 5% e 30% de possíveis perdas na área que não pôde ser colhida”, informou a Aprosoja.
Com otimismo, caso as perdas fiquem nas estimativas mínimas, de 5%, o prejuízo financeiro seria de R$ 73,142 milhões.
Segundo explica a Aprosoja, considerando a situação extrema com 30% nas perdas, a queda na produtividade seria de 1,8%, derrubando a média para 53,02 sacas por hectare, e a produção para 26,39 milhões de toneladas, ao invés das 26,88 previstas para o estado.
Já considerando uma situação mais tênue, com 5% de perdas, haveria uma queda de produtividade de 0,3%, com média de 53,84 sacas por hectare, e uma produção de 26,799 milhões de toneladas.
O levantamento do Imea ainda mostra que muitos municípios receberam muito mais chuva que a média histórica, no período de 14 a 24 de fevereiro, com base em dados da Somar Meteorologia. Sinop recebeu um volume de chuvas 99% maior, Sorriso 24% maior, Campo Novo do Parecis, 33%, e Diamantino, 58%.
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