quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
27/02/2014 - 12:11
27/02/2014 - 12:11
Técnicos lutam contra o Rio Madeira para reabrir o terminal de carga de RO
Globo Rural
Técnicos estão trabalhando para reforçar a estrutura do porto flutuante de Porto Velho, para permitir a retomada dos embarques de soja.
Mesmo sob chuva, o trabalho anda em ritmo acelerado. Cinco mergulhadores de Manaus têm a missão de amarrar cabos de aço da proa do cais ao dolf, pilar que fica a mais de 20 metros de profundidade no Rio Madeira. O trabalho exige bastante dos profissionais porque a correnteza do rio que antes da cheia era de quatro nós, agora está em nove, o equivalente a 17 quilômetros por hora, e a visibilidade é zero.
Todo este trabalho está sendo feito para que o terminal de Porto Velho volte a operar. Um rebocador dá sustentação a plataforma flutuante.
O engenheiro mecânico Pedro Albuquerque é especialista em sistemas portuários. Foi ele quem planejou todo o porto da capital, há 30 anos. Pedro veio do Amazonas para coordenar os trabalhos.
As atividades no terminal flutuante do porto foram suspensas na terça-feira (25) porque a água do Rio Madeira encobriu a ponte que dá acesso a plataforma, oferecendo risco a estrutura. Com os reforços, o terminal deverá voltar a escoar a safra de soja nesta quinta-feira (27). Por dia, mais de 18 mil toneladas do grão vêm de Rondônia e Mato Grosso.
Enquanto o porto não é liberado, em Mato Grosso já há fila de caminhões nos armazéns. Parte da safra está sendo transportada pelas rodovias, só que o custo aumenta.
Em um armazém em Campo Novo do Parecis, a fila de carretas impressiona, os caminhoneiros aguardam para carregar com soja.
Em outro armazém, 10 caminhões já seguiram viagem para o Porto de Santos. O armazém tem capacidade para 54 mil toneladas de soja e 45 mil já estão estocadas. A estimativa é que em uma semana chegue ao limite do recebimento, ou seja, se continuar assim, os grãos que chegam da lavoura não poderão mais ser descarregados no local.
Em um terceiro armazém, todos os caminhões já foram carregados e estão seguindo para os Portos de Santos e Paranaguá. Parte deles iria para Rondônia e a principal preocupação é o prazo, que corre o risco de não ser cumprido.
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