sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Soja fecha com forte alta em Chicago e no mercado brasileiro
Soja fecha com forte alta em Chicago e no mercado brasileiro
28/02/2014 16:47
Os fundamentos prevaleceram e os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o pregão regular desta sexta-feira (28) com forte alta. Os primeiros vencimentos fecharam o dia com mais de 20 pontos positivos e o maio/14, referência para a safra brasileira e vencimento mais negociado atualmente, valendo US$ 14,14.
No mercado brasileiro, mesmo em época de colheita, os preços também seguem bem sustentados e registram uma semana positiva nas principais praças de comercialização do país. De acordo com um levantamento da Safras & Mercado, em Cascavel/PR, a saca de soja subiu de R$ 61,00 para R$ 67,00; em Rondonópolis/MT, de R$ 56,00 para R$ 61,00 e em Passo Fundo/RS de R$ 66,00 para R$ 71,00. No Porto de Rio Grande, a soja terminou a semana valendo R$ 75,00, subindo 4,17% em relação ao fechamento anterior.
De um lado, as condições climáticas desfavoráveis na América do Sul. Alguns estados continuam amargando perdas em suas safras em função da recente e severa estiagem. Um levantamento da consultoria Safras & Mercado, divulgado nesta sexta, reduziu sua projeção para a colheita brasileira de soja para 86,14 milhões de toneladas, contra sua estimativa inicial de 86,14 milhões de toneladas.
Ao mesmo tempo, as perdas têm sido ainda mais graves em função do excesso de umidade no estado do Mato Grosso, maior produtor brasileiro. As chuvas constantes têm prejudicado a qualidade dos grãos a serem colhidos, além de atrasarem os trabalhos de campo e, consequentemente, a chegada da safra matogrossense ao mercado. A Safras reduziu sua projeção para a produção do estado de 27,55 milhões para 26,72 milhões de toneladas. O problema se estende para outras localidades como Uruaçu, Goiás, por exemplo, onde antes o problema era a seca.
Não só o Brasil, mas também Argentina e Paraguai seguem amargandos prejuízos por conta das condições climáticas adversas. Segundo informações de um produtor de Santa Rosa Del Monday, no Paraguai, as perdas já se aproximam de 40% em sua região nas lavouras mais tardias.
Os problemas com a oferta não vêm só da América do Sul e, a cada dia, a escassez de produto nos Estados Unidos ganha mais atenção dos investidores e foco dos negócios, principalmente no mercado internacional.
A atual projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é de que o país exporte na safra 2013/14 41,1 milhões de toneladas. No entanto, o volume de soja comprometido já passa de 43 milhões de toneladas e os embarques efetivos já somam mais de 35 milhões de toneladas e o ano comercial se encerra somente em agosto.
O departamento norte-americano anunciou a venda de 120 mil toneladas para o Egito, com entrega na safra 2014/15 e a notícia também foi positiva para o mercado nesta sexta-feira.
Fonte: Notícias Agrícolas
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