quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Após perdas recentes, soja esboça tímida reação em Chicago e inicia 4ª feira com ligeiros ganhos



Por volta das 9h21 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam ganhos de 0,50 pontos. O contrato novembro/17 era cotado a US$9,37 por bushel e o janeiro/18 trabalhava a US$9,47 por bushel


Após três pregões consecutivos de perdas, os futuros da soja iniciaram a sessão desta quarta-feira (30) com ligeiras altas, próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 9h21 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam ganhos de 0,50 pontos. O contrato novembro/17 era cotado a US$9,37 por bushel e o janeiro/18 trabalhava a US$9,47 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado esboça uma recuperação depois das recentes desvalorizações. Contudo, as cotações ainda são pressionadas pela perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos, conforme reportam os especialistas.
Apesar das preocupações registradas desde o início do desenvolvimento da cultura, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projeta uma safra de 119 milhões de toneladas nesta temporada. E os números trazidos pelo Crop Tour, na última semana, estimaram a produção em 117,8 milhões de toneladas.
E, além disso, no início dessa semana, o departamento elevou para 61% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA. Outro fator que segue no radar dos investidores é o Furacão Harvey no país, especialmente na região do delta do Rio Mississippi.
"Embora o plantio de soja e milho nesta região seja pequeno, as lavouras já estão em fase de colheita. No Texas, por exemplo, os produtores já colheram metade das lavouras de milho e 5% da soja. O volume, no entanto, é pequeno e não causa maiores impactos no mercado", reportou a Granoeste Corretora de Cereais.
Paralelamente, a demanda pelo produto americano permanece aquecida, de acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Ainda nesta terça-feira, o USDA reportou a venda de 198 mil toneladas de soja para a China.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Em Chicago, soja tem dia de movimentação técnica e encerra 3ª feira com ligeiras quedas
O pregão desta terça-feira (29) foi de ligeiras perdas aos preços futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após operar dos dois lados da tabela, as principais posições da commodity encerraram o dia com quedas entre 3,75 e 4,50 pontos. O novembro/17 era cotado a US$ 9,37 por bushel, enquanto o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,46 por bushel.
De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços tiveram um dia de movimentação técnica no mercado internacional. Já no quadro fundamental, o mercado da soja ainda sente a pressão de uma grande safra nos Estados Unidos nesta temporada.
Na semana anterior, o Crop Tour trouxe os primeiros relatos dos campos americanos e indicou a produção em 117,8 milhões de toneladas. O número ficou abaixo do estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu último boletim de oferta e demanda, de 119 milhões de toneladas.
Além disso, no final da tarde desta segunda-feira, o USDA elevou em 1% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, para 61%. Cerca de 93% das plantações estão em formação de vagens. Na semana passada, o número era de 87%.
"Os abundantes suprimentos globais de grãos e soja continuam a ancorar preços na ausência de notícias de alta para impulsionar os ganhos. Alguns investidores também estão começando a se posicionar antes do feriado da próxima segunda-feira (4) nos Estados Unidos devido ao Dia do Trabalhador", destacou a Reuters internacional.
Do lado da demanda, o USDA reportou nesta terça-feira nova venda de 198 mil toneladas de soja para a China. O volume deverá ser entregue na temporada 2017/18. "A demanda permanece firme e ainda dá suporte aos preços da oleaginosa", reforça Brandalizze.
Paralelamente, o Furacão Harvey também continua no radar dos investidores. "Existe alguma preocupação de que o furacão Harvey possa causar preocupações de qualidade em soja e milho na região do Delta", afirmou Benson Quinn Commodities, ao Agrimoney.com.
Mercado brasileiro
No caso do mercado brasileiro, o dia foi marcado por ligeiras movimentações nos preços da soja. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Brasília, a saca subiu 2,56% e fechou o dia a R$ 60,00. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a alta ficou em 2,41% e a saca a R$ 59,40.
No Porto de Imbituba (SC), a saca disponível subiu 1,45% e finalizou a terça-feira a R$ 70,00. No Paraná, nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, o ganho ficou em 0,88%, com a saca a R$ 57,50, R$ 57,00 e R$ 57,50, respectivamente.
Ainda segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, os produtores brasileiros ainda poderão ter oportunidades de negociar a soja com as especulações trazidas pelo clima e o início do plantio na América do Sul. O mercado deverá focar esses fatores a partir do mês de outubro, após a colheita norte-americana.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a terça-feira com ligeira alta, de 0,03%, negociada a R$ 3,1632 na venda. Os investidores aguardam as votações no Congresso Nacional das novas metas fiscais e dos destaques à medida provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) e com a redução da aversão ao risco após novo episódio de tensão geopolítica, conforme destacou a Reuters.
"Temos uma combinação de cautela com o exterior e também com as votações internas, que não estão em condições normais", afirmou o analista-chefe da empresa de investimentos Rico, Roberto Indech, em entrevista à Reuters.

Data de Publicação: 30/08/2017 às 10:17hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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