quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Ibovespa reverte tendência e bate nova máxima após Fed; S&P 500 volta a bater recorde



Publicado em 30/10/2019 17:07 e atualizado em 30/10/2019 18:36


SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista reverteu a tendência negativa após anúncio de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve e bateu nova máxima de fechamento nesta quarta-feira, com o mercado aguardando decisão de política monetária do Copom.
Após ter operado em baixa na maior parte do dia, o Ibovespa <.BVSP> subiu 0,79%, a 108.407,54 pontos, na máxima do dia. O volume financeiro da sessão somou 18,8 bilhões de reais.
Confirmando as expectativas do mercado, o Fed cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, mas adotou um tom que foi interpretado pelos investidores como sinal de pausa no ciclo de cortes de juros.
No Brasil, o Copom anuncia nesta ainda quarta decisão de política monetária, com o mercado amplamente apostando em um corte de 0,50 ponto percentual na Taxa Selic.
"O que o mercado espera é um sinal efetivo sobre o final do ciclo de flexibilização, que pode terminar em 4%", afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

No plano político, repercutiu a notícia que um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco entrou no condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro, dizendo que iria à casa do então deputado, mas na verdade foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
"Embora tenham passado um pouco do padrão dos 'ruídos' anteriores, não se sabe se haverá algum respingo no mercado", informou a Terra Investimentos em nota a clientes.
Nesta noite, investidores também conferem balanços trimestrais de B2W , Grupo Pão de Açúcar  e Lojas Americanas .
DESTAQUES
- MAGAZINE LUIZA ON  disparou 6,97%, após divulgar que seu lucro líquido do terceiro trimestre deu um salto de 96,7% ante mesma período de 2018.
- CIELO ON  perdeu 3,65%. A empresa de pagamento registrou lucro líquido de 358,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 51,7% na comparação anual.
- SABESP ON  avançou 3,37%. A comissão da Câmara que analisa projeto que atualiza o marco legal do saneamento básico aprovou o texto-base da proposta. 
- SANTANDER BR UNT  recuou 1,66%, apesar do banco ter divulgado resultados trimestrais acima das estimativas de analistas. No setor, BRADESCO PN  ganhou 0,47% e ITAÚ UNIBANCO PN valorizou-se 0,63%.
- PETROBRAS ON  e PETROBRAS PN  subiram 1,21% e 0,87%, nesta ordem, apesar da queda dos preços do petróleo.
- MULTIPLAN ON  avançou 3,73%. A administradora de shopping centers divulgou no final da terça-feira lucro de 121,5 milhões de reais para o terceiro trimestre, acima da previsão de analistas.
- VALE ON  perdeu 0,12%. A empresa havia subido cerca de 5,7% desde semana passada até a sessão da véspera.
- B2W GLOBAL ON  avançou 1,44%, antes da divulgação de balanço trimestral.

S&P 500 volta a bater recorde de fechamento após Fed cortar juros

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos avançaram nesta quarta-feira, com o S&P 500 fechando em máxima recorde pela segunda vez em três sessões, após o Federal Reserve realizar um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros norte-americana.
O Dow Jones teve alta de 0,43%, a 27.186,96 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,33%, para 3.046,81 pontos, e o Nasdaq Composto também ganhou 0,33%, a 8.303,98 pontos.
O Fed reduziu a taxa de juros dos EUA para uma faixa entre 1,5% e 1,75%, mas abandonou o discurso prévio de "agir conforme o apropriado" para sustentar a expansão econômica, o que pode sinalizar que o banco central norte-americano vai segurar cortes futuros na taxa.
Em entrevista coletiva após o anúncio, o chairman do Fed, Jerome Powell, disse que "acreditamos que a política monetária está em uma boa posição", indicando que o banco central provavelmente manterá os juros nesse patamar caso não ocorra uma grande alteração no panorama econômico, o que ajudou as ações a avançarem nos momentos finais da sessão.
"A única preocupação do mercado era se eles dariam alguma declaração dizendo que 'é isso, acabou'", disse Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments, em referência ao ciclo de cortes de juros. "Eles disseram que seguem abertos ao que os dados mostrarem. Flexibilidade é o que o mercado quer ver."
As expectativas relacionadas ao corte de juros e o recente otimismo quanto às negociações comerciais entre EUA e China ajudaram a levar o S&P 500 a máximas recordes intradia por três sessões consecutivas.
O subsetor bancário, sensível à taxa de juros, recuperou perdas após o anúncio do Fed, mas ainda assim recuou 0,69%. Com alta de 0,86%, o índice de serviços públicos foi o de melhor performance, enquanto as ações de empresas de óleo e gás cederam 2,12%.
Os investidores também lidaram com a mais recente rodada de balanços corporativos. As ações da General Electric saltaram 11,5% após o conglomerado industrial superar estimativas de resultado trimestral e elevar suas previsões financeiras para o ano.
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Fonte: Reuters

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