Publicado em 30/10/2019 17:48
Os preços da soja recuperaram parte das baixas recentes dos últimos dias e garantiram algumas pequenas altas no mercado nacional nesta quarta-feira (30). O movimento se deu, principalmente, no interior do país mesmo diante de uma nova baixa do dólar e da estabilidade que insiste em marcar os negócios na Bolsa de Chicago.
Em algumas praças, a cotação chegou a subir 2,67%, como foi o caso de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, para R$ 77,00 por saca. Em Alto Garças, Mato Grosso, a referência voltou para os R$ 80,00, com ganho de 1,27%. O avanço dos preços, porém, não foi generalizado.
Nos portos, as movimentações foram bem mais tímidas e a soja disponível chegou até mesmo a recuar no porto de Rio Grande - 0,23% - para R$ 85,30, enquanto manteve-se estável nos R$ 87,00 em Paranaguá. Para o produto da safra nova, R$ 86,00 no terminal paranaense e no gaúcho, sem variação.
Os negócios estão bem escassos no mercado brasileiro. Apesar das leves altas de hoje, os preços voltaram a trabalhar em patamares bem mais baixos do que há 15 dias e afastaram os vendedores. A pressão maior veio do câmbio e os preços recuaram 5% nas duas últimas semanas.
Nesta quarta, o dólar fechou com baixa de 0,40% para R$ 3,9873. Esse é o menor valor de fechamento desde o último 13 de agosto, segundo a agência de notícias Reuters.
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Na Bolsa de Chicago, os preços da soja fecharam o pregão com perdas de pouco mais de 2 pontos nos principais contratos. O janeiro fechou com US$ 9,30 e o maio, US$ 9,55 por bushel.
Mais cedo, o mercado testou algumas leves altas, mas voltou a operar em campo negativo e segue em busca de uma direção. Assim, a lateralidade permanece.
Os traders precisam de notícias. E informações sólidas e consistentes capazes de direcionar os preços da soja daqui em diante.
"Sendo final de mês, seja na soja em Chicago ou no doólar, podemos ver ajustes técnicos de posições", diz o consultor da AgroCulte e da Cerealpar, Steve Cachia.
Do lado dos fundamentos, o mercado sente a pressão sazonal do avanço da colheita nos EUA e, ainda segundo Cachia, " do sentimento de melhora nas condições climaticas na América do Sul".
Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas
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