Publicado em 30/10/2019 13:52
O mês de setembro marca o fim do ano agrícola para a cultura do algodão. O clima em Mato Grosso do Sul foi considerado bom em todo o período, inclusive no momento da aplicação de herbicidas para destruição das soqueiras após a colheita, operação obrigatória para entrada do período do vazio sanitário. Na região norte/nordeste do estado, maior produtora do fio natural, o vazio sanitário vai de 15 de setembro a 30 de novembro. Já a região sul de MS, o vazio sanitário é de 15 de junho a 30 de agosto, portando, plantio liberado.
Mesmo com clima favorável, os produtores ainda observaram as condições climáticas no momento da aplicação do herbicida e a destruição das soqueiras foi considerada ótima, o que atende a legislação e colabora com a diminuição da pressão do bicudo na próxima safra.
Os cotonicultores inovaram neste ano que se findou, tomaram o cuidado de proteger os fardos a serem beneficiados, garantindo assim a qualidade do algodão.
Neste ano a produtividade ficou acima da expectativa, que na média era de 300 @/ha. de algodão em caroço. A média do algodão safra ficou em 319@/ha., enquanto que da safrinha ficou em 270@/ha., fechando portando a média em 309/ha., aponta o informativo do Programa Boas Práticas Fitossanitárias da Cultura do Algodão, emitido e publicado pela Ampasul.
A média conseguida é similar a do ano passado, 17/18, mantendo-se acima da média histórica, colocando Mato Grosso do Sul com a melhor média por hectare do Brasil.
Segundo a direção da Ampasul, o sucesso da cultura no estado se deve à disseminação de conhecimento, inserção de tecnologias, práticas fitossanitárias assertivas, alta fertilidade do solo, época de plantio, manejo e boa distribuição pluviométrica.
Ao encerrar a safra, imediatamente a Ampasul iniciou o armadilhamento pré-safra para o monitoramento do bicudo, principal praga do algodoeiro.
Na próxima safra, a Ampasul assume todo o processo de armadilhamento das lavouras dos associados, com instalação, reposição de feromônio, leitura, entrega de resultados, visando melhor padronização do processo e com isso melhora na qualidade e confiabilidade dos resultados.
Ao todo serão mais de 1.300 armadilhas, instaladas em 400 Km., cobrindo área de 28 mil hectares de lavoura na modalidade safra.
Algodão safra x algodão safrinha
O Mato Grosso do Sul mantem a principal modalidade no algodão safra, preferida pelos produtores devido a alta produtividade e janela de plantio da soja, no final de setembro e início de outubro, que geralmente é muito curta, por falta de chuva regular, para se conseguir plantar o algodão em 20 de janeiro.
Para a safra 2019/20 a previsão para Mato Grosso do Sul é que seja cultivada área total de 33 mil hectares, uma redução de 12% em relação à safra 2018/19. O algodão safrinha igualmente terá redução e representará apenas 12,7% da área total.
Manutenção da biotecnologia
Para a safra vindoura já existe forte discussão sobre a obrigação do refúgio estruturado na cultura do algodão, como prevê normativa do Ministério da Agricultura para se preservar as tecnologias BT (transgênicos) existentes. A Ampasul recomenda que 20% da área seja cultivado com algodão não transgênico (refúgio), para se manter a tecnologia adquirida.
“Após a safra 2012/13 as tecnologias BT começaram a predominar em Mato Grosso do Sul, onde a porcentagem de algodão não BT ficou em torno de 12% a 16% da área plantada. Os modelos de refúgios devem ser melhorados ajustado nas regiões produtoras, mas estamos próximos de alcançar a meta do mínimo exigido nesse item importante das boas práticas agrícolas na cultura do algodão” conclui o informativo.
Fonte: Ampasul
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