Publicado em 30/10/2019 17:00
(Reuters) - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro disse nesta quarta-feira que o depoimento do porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro está equivocado e que a autorização para que um dos acusados de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco entrar no condomínio não foi dada pelo então deputado federal.
Reportagem divulgada na noite de terça-feira no Jornal Nacional, da TV Globo, afirmou que o porteiro do condomínio disse em depoimento que Élcio Queiroz --acusado de dirigir o carro usado no assassinato da vereadora-- entrou no local dizendo que iria à casa de Bolsonaro.
Queiroz, no entanto, foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos que mataram a vereadora do PSOL e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado, segundo a reportagem.
A própria reportagem informou que os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava no Congresso naquele dia, o que é corroborado por imagens postadas pelo então deputado em redes sociais à época.
Em live transmitida da Arábia Saudita, onde se encontra em viagem oficial, Bolsonaro negou veementemente ter autorizado a entrada em seu condomínio do suspeito no dia do crime e se ofereceu a falar com a polícia para se defender.
O MPRJ disse ainda, em entrevista coletiva, que o depoimento do porteiro não tem coerência com provas técnicas e investigações.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
O MPRJ disse ainda, em entrevista coletiva, que o depoimento do porteiro não tem coerência com provas técnicas e investigações.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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