quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

26/02/2014 - 10:33

26/02/2014 - 10:33 Segunda safra de soja contribui para o aumento de nematoide Da Assessoria/ Fundação MT Plantar soja na segunda safra aumenta o número de nematoides. De acordo com Rosangela Silva, pesquisadora em Nematologia da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária do Mato Grosso, Fundação MT, em visita as lavouras de diversos municípios do Mato Grosso foram identificadas diversas áreas nessa situação. Um dos riscos que o produtor corre ao substituir o milho, algodão ou outra cultura por novamente a oleaginosa, é o aumento de nematoides. “Se em uma safra, a cultura já está comprometida em algumas áreas do Estado, imagine fazendo uma safra sequencial de soja. Isso porque os nematoides precisam de plantas não hospedeiras para reduzirem população e continuar mantendo a soja no sistema”. A não variação do hospedeiro deixa o caminho livre para que os nematoides se reproduzam com facilidade. “Ele se mantém na área, aumenta a população e causa muito mais danos. Em no máximo dois anos fazendo essa sucessão de soja, o produtor provavelmente terá que tomar medidas radicais para controlar a situação depois”, aponta a pesquisadora. Outro ponto importante é com relação ao nematoide de cisto, que tem grande variabilidade genética, nesse caso, conforme Silva, o cuidado deverá ser ainda maior. “Com este tipo de nematoide o manejo é ainda mais complexo, já que o produtor estará usando cultivares resistentes ao patógeno sucessivamente. Assim, a probabilidade de se induzir resistência a novas raças de cistos é alta”. Para esses nematoide que tem estrutura de resistência o ideal seria que o produtor fizesse rotação de culturas, como explica a especialista. “Exemplificando, o agricultor poderia plantar soja na primeira safra e crotalária para a segunda. No próximo ano/safra o ideal é que se cultivasse o milho na mesma área. Além do efeito de entressafra tem também o de safra”. Evento - Este assunto e outros foram tratados durante as rodadas da Fundação MT em Campo 2014. O evento começou em janeiro e foi finalizado este mês. Foram realizadas seis rodadas passando pela região do Médio Norte, Norte, Sul do Mato Grosso, Vale do Araguaia e Parecis. Lá, reuniu-se toda classe ligada ao agronegócio. O Fundação MT em Campo alcançou seu objetivo de aproximar jpesquisadores, resultados de pesquisas, informações e dados com os produtores. E neste ano passou por reformulações em seu formato, garantindo dinamismo e oportunizando divulgar informações atuais e de importância para o sucesso nas lavouras. Foram dois formatos diferentes aplicados nas rodadas, sendo que em Nova Mutum e Rondonópolis, a Fundação MT abriu as portas das suas estações de pesquisa para o público. Na ocasião foi possível visualizar experimentos e interagir com os pesquisadores e parceiros. Em Campo Novo do Parecis, Sorriso, Primavera do Leste e Querência o modelo foi outro. Uma equipe de pesquisadores da instituição, de diferentes especialidades, visitaram propriedades rurais da região para traçar um raio-x da safra. Depois se reuniram com os produtores para apresentar as informações levantadas e assim apontar possíveis soluções.

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