domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cultivo da alstroeméria é delicado e exige uma série de cuidados

Cultivo da alstroeméria é delicado e exige uma série de cuidados Flor é muito usada na decoração. Sítio em Minas Gerais tem 280 estufas de cultivo da espécie 02/02/2014 08h45 DO GLOBO RURAL Muito usada em decoração, a alstroeméria, popularmente conhecida como astromélia, é uma flor de cultivo delicado e que exige uma série de cuidados. Em Munhoz, Minas Gerais, a mais de 1,8 mil metros de altitude, no alto da Serra da Mantiqueira, estão estufas que guardam a espécie. Os sócios do sítio Mantiqueira, o engenheiro agrícola Jorge Hassegawa e o agricultor Roberval Ramos, trabalharam juntos para um holandês produtor de flores na região. Eles ganharam conhecimento e, há dez anos, decidiram formar uma parceria: começaram com quatro estufas e hoje têm 280, espalhadas em seis hectares. “O interesse na alstroeméria é que é uma flor muito bonita e na época tinha muito pouca produção no Brasil, a gente viu nela uma ideia de aumentar a área para comercialização”, diz Roberval. No sítio, são produzidas mais de 30 variedades de alstroemérias, todas melhoradas geneticamente, o que permite que o mesmo botão tenha duas cores. A espécie tem diversas variações de cores e não têm cheiro. Por ano, a produção no sítio chega a 10 milhões de hastes. Cada haste produz entre cinco e seis botões. As alstroemérias melhoradas geneticamente na Holanda atingem entre 1,2 e 1,8 metro de altura. Já a nativa não passa de 1 metro. “Ela é uma planta nativa da América do Sul, algumas linhagens do Brasil, Chile e Peru, mas todo o melhoramento genético é feito na Europa, principalmente na Holanda”, afirma Jorge. Todas as estufas têm sistema de irrigação. A palhada ajuda a manter a umidade do solo, telas são usadas para barrar o vento e as flores recebem mais ou menos luz dependendo da época do ano. “Se você deixa, na primavera e no verão, passar para a planta uma intensidade luminosa muito acentuada, essa planta vai produzir até dezembro, janeiro e vai ficar sem produzir até cinco meses depois. Então, nos meses com intensa radiação entrando na estufa, a gente precisa filtrar, bloquear parte dessa radiação, para que a gente consiga produzir no outono e no inverno também”, explica o engenheiro agrícola. O ponto ideal de colheita é quando a flor ainda não desabrochou, mas em períodos quentes, ela sai da estufa já um pouco mais aberta. Um mutirão trabalha no cultivo: uns colhem, outros cortam as hastes e ainda tem uma equipe para levar as flores imediatamente para a embalagem. Em caixas, as flores são conservadas não só na água. Uma substância à base de hormônios mantém o verde das folhas e preserva as pétalas. Um dos segredos pra garantir a durabilidade da planta é mantê-la refrigerada até chegar ao consumidor. Para que ela não sofra uma mudança brusca de temperatura, ela fica por alguns minutos em um galpão com temperatura controlada. As alstroemérias vão para uma cooperativa de Holambra, em São Paulo, de onde são distribuídas para floriculturas de todo o país. Os clientes são informados diariamente sobre a qualidade das flores. As flores produzidas no sítio podem durar até três semanas. Na casa do consumidor, devem ficar bonitas por, pelo menos, 15 dias. A dica de preservação é cortar dois centímetros das hastes todos os dias, para que sempre uma parte nova da planta fique em contato com a água, que também deve ser trocada. A venda das flores é feita por haste. O custo de produção de cada uma fica em torno de R$ 0,40 e os produtores recebem entre R$ 0,50 e R$ 0,53 por haste. tópicos: Holambra, Munhoz

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