Publicado em 01/10/2019 12:45 e atualizado em 01/10/2019 15:25
Tendência é de continuidade das altas, estimulada pelo incremento da demanda de final de ano e oferta restrita de animais
Felippe Reis - Analista da Scot Consultoria
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Entrevista com Felippe Reis - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo
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No estado de São Paulo, as referências para arroba do boi gordo atingiram o maior patamar do ano com negócios ao redor de R$ 160,00/@, a vista e livre de impostos. Neste mês outubro, terá uma oferta menor de animais saindo do segundo giro do confinamento e deve manter o mercado com preços firmes.
De acordo com o Analista da Scot Consultoria, Felippe Reis, foi o maior valor nominal registrado nas cotações neste ano. "Isso mostra que o mercado vem ganhando força cada vez mais intensa nesses últimos dias. Os preços registravam incrementos nas 32 praças consultadas pela a consultoria e que a oferta restrita não tem dado espaço para queda nos valores", comenta.
Ainda segundo a estimativa da Scot Consultoria, a última queda nos preços para o boi gordo em São Paulo foi no dia 24 de julho. “De lá pra cá, as cotações estão se mantendo estáveis ou altas e ainda temos a possibilidade de alta em curto e médio prazo. O que dado o tom no mercado é a oferta limitada de boiadas”, ressalta.
Com relação às programações de abate, o analista salienta que tem atendido em torno de 5 a 7 dias no estado de São Paulo. “Algumas indústrias que trabalham com boiadas a termo estão com primeira quinzena de outubro já preenchida. Quando os compradores saem a mercado para testar preços menores, não conseguem efetivar a compra”, afirma.
A consultoria estima que o número de animais confinados fique em torno de 4,3 a 4,5 milhões de cabeças para 2019. No caso das exportações, a tendência que o Brasil deve bater um novo recorde. “Enquanto o mercado interno tem deixado a desejar, o mercado externo tem suprido o excedente”, aponta.
O analista aponta que pode ser interessante o pecuarista utilizar as ferramentas do mercado. “É importante fazer uma trava de preços mínimos e sair do risco para conseguir colocar as contas em dia para o próximo ano”, finaliza.
Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas
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