Publicado em 01/10/2019 14:09
SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de diesel no Brasil continuam a avançar em 2019, atingindo 37,9 bilhões de litros no acumulado do ano até o final de agosto, uma alta de 3,4% na comparação anual, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O forte desempenho do diesel ajuda a puxar o crescimento de 3,1% na comercialização total de combustíveis no Brasil em 2019, com pouco mais de 92 bilhões de litros vendidos nos oito primeiros meses do ano, informou a ANP.
Apenas em agosto, as vendas de diesel, o combustível mais consumido do país, somaram 5,28 bilhões de litros, avanço de 1,6% em relação a igual período de 2018.
O aumento nas vendas de diesel, combustível que foi impactado pela greve dos caminhoneiros em 2018, ajuda a compensar em 2019 a queda registrada na comercialização da gasolina, que acumula baixa de 3,7% no ano, com pouco menos de 25 bilhões de litros vendidos.
ETANOL
Também contribuindo com o avanço nas vendas totais de combustíveis e compensando o recuo da rival gasolina, o etanol hidratado é quem possui a maior elevação percentual de consumo no período, com 14,5 bilhões de litros vendidos em 2019, alta de 25,8% na comparação anual, segundo a ANP.
A forte demanda pelo produto, mais competitivo que a gasolina em várias regiões, leva as usinas de cana a favorecerem o biocombustível no chamado "mix" de produção, que tem privilegiado o etanol em detrimento do açúcar.
"Esse crescimento reflete positivamente na participação do biocombustível na matriz de combustíveis do ciclo Otto, que atinge 48,1%", disse em comunicado a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). O ciclo Otto é constituído pela frota de veículos de passeio e carga leve.
Considerando apenas agosto, o avanço na comercialização do etanol foi mais tímido, de 2,48%, para 1,86 bilhão de litros. A tendência de enfraquecimento pode permanecer em setembro, com uma retração de 7,9% verificada nas vendas pelas usinas na primeira quinzena do mês, de acordo com dados preliminares da Unica.
(Por Gabriel Araujo; edição de Roberto Samora)
Fonte: Reuters
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