A semana termina, nesta sexta-feira 19 de fevereiro, com cerca de 25% da área plantada com soja em todo o Brasil já colhida, segundo o último levantamento da França Junior Consultoria. Ao lado da variação do câmbio, esse foi o foco do mercado nacional nos últimos dias. E, no balanço semanal, o resultado foi, mais uma vez, positivo tanto para os preços praticados no interior do país, quanto nos portos.
Nas praças de Mato Grosso, os preços da soja fecharam a semana com ganhos de mais de 2,4% e terminaram os negócios com R$ 63,00 em Tanagrá da Serra e R$ 62,50 por saca em Campo Novo do Parecis. Em São Gabriel do Oeste/MS, alta de 1,56% para R$ 65,00 e em Não-Me-Toque/RS, o valor foi a R$ 72,00, subindo 1,41%.
Segundo Flávio França Junior, os trabalhos avançaram bem na última semana e superaram, dessa forma, os índices do ano passado. "A colheita segue mantendo ritmo mais rápido do que os 21% anotados em igual momento de 2015, e também sobre os 22% da média normal para cinco anos".
E é na conclusão desses trabalhos que os produtores brasileiros estão focados agora, deixnando, por mais uma semana, o ritmo das vendas bastante lento, com operações apenas pontuais e sem evolução. Assim, o restante da comercialização da safra 2015/16, segundo acreditam analistas, deve dar-se somente com a colheita mais evoluída e, principalmente, diante de um horizonte mais claro sobre a situação econômica do país.
Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou, novamente, a nota de crédito do país e intensificou as preocupações com os desafios que o governo tem adiante e trouxe ainda mais especulação sobre o futuro do dólar frente ao real neste cenário. "A comercialização do restante da safra 2015/16 de soja do Brasil vai se dar sobre a taxa de câmbio", afirmou o diretor de inteligência do mercado de grãos da Cerealpar, Steve Cachia.
Nos últimos dias, a moeda norte-americana trabalhou com intensa volatilidade, porém, retomou o patamar dos R$ 4,00, sendo a principal responsável pela manutenção dos valores pagos pela soja brasileira ainda atrativos, bem como mantém ainda sua clara competitividade frente a seus maiores concorrentes, especialmente os EUA.
Na semana, a divisa acumulou um ganho de 0,83% e fechou a sessão desta sexta-feira (19) cotada a R$ 4,0227. No pregão, porém, a moeda perdeu 0,65%. "O mercado estava muito agitado nesta semana e agora precisa diminuir a marcha um pouco, recarregar as energias", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano à agência de notícias Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas
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