quinta-feira, 29 de maio de 2014
29/05/2014 - 14:33
29/05/2014 - 14:33
Milho: Com previsão de clima favorável nos EUA, preços voltam a cair
Notícias Agrícolas
Por volta das 8h16 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam pequenas perdas entre 1,25 e 2,00 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 4,71 por bushel.
Segundo informações da agência internacional de notícias Bloomberg, o principal fator que exerce pressão negativa sobre os preços em Chicago é o avanço no plantio do grão nos EUA. Após as preocupações no início da semeadura do grão, o cultivo do milho ganhou ritmo e até o dia 25 de maio cerca de 88% da área já tinha sido semeada, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O número está em linha com a média dos últimos cinco anos. E enquanto algumas áreas ao Norte dos EUA enfrentam atrasos no plantio em meio ao clima úmido, as condições no Centro-Oeste são favoráveis ao desenvolvimento da cultura, segundo informações da Bloomberg. A previsão indica chuvas para algumas áreas ocidentais do Centro-Oeste a partir do final de semana, situação que também deve contribuir para as lavouras do cereal.
A expectativa é que a produção norte-americana totalize 353,97 milhões de toneladas na safra 2014/15, conforme projeção do USDA. E diante desse cenário, o vencimento julho recuou para US$ 4,66 por bushel, o menor nível desde 4 de março. Somente essa semana, os futuros caíram 1,5%.
Ainda assim, a demanda pelo cereal permanece firme e pode ocasionar valorizações nos preços do milho. E é preciso ressaltar que as cotações mais baixas estimulam a demanda, principalmente do setor de etanol e de rações, segundo explica o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Em movimento técnico mercado reverte perdas e fecha em alta
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quarta-feira (28) do lado positivo da tabela. Ao longo das negociações, os preços reverteram as perdas e encerraram o dia com leves altas. As principais posições da commodity registraram ganhos entre 2,75 e 4,00 pontos. O vencimento julho/14 fechou cotado a US$ 4,72 por bushel.
Segundo o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a recuperação nos preços é decorrente de um movimento técnico, em que os investidores inverteram as posições. Além disso, as altas registradas nos contratos da soja em Chicago também influenciaram positivamente os preços do cereal.
"As cotações da soja estão bem valorizadas, então os preços do milho teriam que aumentar para que haja uma valorização também. E nesse preço abaixo de US$ 4,70, os produtores rurais não irão vender o produto", explica o analista.
Em contrapartida, a demanda pelo produto norte-americano segue aquecida. As exportações do cereal dos EUA permanecem firmes e a demanda tanto por etanol e o setor de ração estão fortes, conforme afirma Brandalizze.
Por enquanto, as cotações do milho em Chicago encontram suporte no patamar de US$ 4,50 por bushel e a resistência é de US$ 5,00 por bushel. Ainda na visão do analista, as notícias de clima desfavorável tanto nos EUA, na China ou até mesmo no Leste Europeu poderiam impulsionar as cotações do cereal no curto prazo.
No último pregão, os preços do cereal atingiram o menor nível em 12 semanas e já caíram e torno de 10% somente no mês de maio, a primeira queda mensal registrada esse ano. De acordo com a analista de mercado da FCSTone, Ana Luiza Lodi, a evolução no plantio dos EUA tem sido o principal fator de pressão sobre os preços do milho em Chicago.
Até o dia 25 de maio, cerca de 88% da área projetada havia sido cultivada com o cereal, contra 73% da semana anterior, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O percentual é o mesmo registrado na média dos últimos cinco anos e ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado, de 85% até 90%. A Carolina do Norte é o estado mais avançado no plantio do cereal com 98% da área já semeada.
BMF&Bovespa
Na BMF&Bovespa, as cotações futuras do milho operam do lado negativo da tabela. Os preços ainda acompanham as recentes quedas registradas na Bolsa de Chicago. Frente à evolução favorável das lavouras de milho, apesar de alguns problemas pontuais, e a proximidade da colheita, os preços futuros já precificam a safrinha que entrará no mercado a partir do próximo mês.
Este ano, a expectativa é que as exportações brasileiras totalizam 20 milhões de toneladas, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Já a produção do Brasil, está estimada em 75 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra, e o consumo próximo de 53 a 54 milhões de toneladas. Alguns analistas afirmam que as exportações do país servirão para equalizar a relação de oferta e demanda do milho. E contribuir para a formação dos preços.
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