sexta-feira, 30 de maio de 2014
Boi, suíno e frango: os preços reais em relação às curvas estacionais
Boi, suíno e frango: os preços reais em relação às curvas estacionais
Embora mais tarde e com bem menor intensidade que o normal, neste ano o chamado “pico de safra da carne bovina” afetou (o que não era esperado) também os preços do boi em pé
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Embora mais tarde e com bem menor intensidade que o normal, neste ano o chamado “pico de safra da carne bovina” afetou (o que não era esperado) também os preços do boi em pé. Ou a queda registrada teria como origem não a maior oferta do produto e, sim, o esgotamento do poder aquisitivo do consumidor?
O fato é que, no trimestre inicial do ano, os preços do boi comportaram-se opostamente à curva estacional de preços. E mesmo sofrendo baixas no bimestre maio-junho, encerram o quinto mês do ano com um valor cerca de 3,5% superior ao do início de 2014 – o que também se opõe à curva estacional, na qual maio é fechado com um valor pelo menos 2% menor que o do início do ano.
Até agora, o pior momento do suíno ocorreu entre fevereiro e março, ocasião em que os preços recebidos pelo produtor chegaram a ficar quase 25% abaixo do preço inicial do ano. Houve pequena recuperação posteriormente, mas sem que se fugisse ao comportamento habitualmente ditado pela curva estacional. Assim, maio está sendo encerrado com uma remuneração correspondente a 81% da primeira cotação do ano, com perdas maiores, portanto, do apontado pela curva estacional (88%).
A situação do frango não é muito diferente. Pela curva estacional deveria obter, no mês de maio, remuneração correspondente a 91% do valor inicial do ano. Está fechando o mês com um índice da ordem de 86%. E se, em março, alcançou o melhor preço de 2014 foi por razões climáticas: quebra de produção devida ao calor extremo.
Em suma, só o boi vem ignorando a variação estacional de preços. Frango e suíno, ainda que convivendo com baixíssimo retorno, seguem dentro de absoluta normalidade. Assim, se o retorno não vem sendo suficiente para manter a normalidade da produção, isso é devido muito mais à elevação do custo do que, propriamente, aos preços alcançados.
Espera-se, agora, a manutenção do comportamento habitual da curva estacional de preços. Pois, como aponta o Gráfico I, os preços registrados em maio correspondem ao “fundo do poço”. Em junho, às vésperas do encerramento do primeiro semestre, começa normalmente o processo de reversão – que se estende pela maior parte do segundo semestre.
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Data de Publicação: 30/05/2014 às 18:10hs
Fonte: Avisite
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