sexta-feira, 30 de maio de 2014
Cultivo do cacau está sendo testado no Vale do São Francisco
Cultivo do cacau está sendo testado no Vale do São Francisco
A cultura, apesar de nova, já apresenta um bom desenvolvimento da planta, em relação as áreas tradicionais de cultivo como Ilhéus e Itabuna
Produtores do Vale do São Francisco estão apostando no cultivo do cacau. O fruto que é tradicionalmente produzido no recôncavo baiano está sendo testado de forma experimental na região.
A ideia de cultivar o cacau na região surgiu em 2007 na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nos primeiros estudos realizados mostraram que a cultura, apesar de nova, já apresenta um bom desenvolvimento da planta, em relação as áreas tradicionais de cultivo como Ilhéus e Itabuna na Bahia.
Um dos produtores é José Uilton. Ele já cultiva uva, goiaba e coco há 20 anos na área de 15 hectares, no Projeto Senador Nilo Coelho em Petrolina, a Zona Rural. Há três anos ele recebeu mudas e reservou meio hectare para a plantação da nova cultura.
Por enquanto, o agricultor ainda não comercializa o fruto, a plantação é experimental, mas já observa o bom desenvolvimento do cacau. “Temos comprador suficiente, temos produtos o suficiente. E se observou que na região dá pra produzir bastante e com qualidade”, destacou José Uilton.
Para adaptar o cacau ao clima seco e o sol forte do Semiárido, os pesquisadores ainda precisam aprofundar os estudos. Segundo o agrônomo e pesquisador da Embrapa, Paulo Roberto Coelho Lopes, mesmo com os primeiros resultados positivos, apesar do interesse de produzir o cacau na região, com os estudos atuais, ainda não é possível recomendar o cultivo para produção comercial.
“Devido ao cacaueiro ser uma cultura de regiões tropicais úmidas, nós conseguimos uma melhor floração e 'pegamento' de frutos exatamente no período que tem as chuvas aqui da região. Este ano e no ano passado não tivermos chuva suficiente, com a umidade relativa baixa, e com essa condição, nós temos um baixo 'pegamento' de chuva. Então é preciso avaliar mais para ver se consegue superar esse aborto de frutos que ocorre no período mais quente e, partir daí, fazer recomendações”, explicou.
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Data de Publicação: 30/05/2014 às 18:30hs
Fonte: G1
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