quinta-feira, 29 de maio de 2014

Rentabilidade na produção de eucalipto depende de tecnologia adequada

Rentabilidade na produção de eucalipto depende de tecnologia adequada 29/05/2014 15:59 Atividade difundida principalmente nas regiões Sul e Sudeste, a silvicultura também pode ser uma alternativa rentável para os produtores do Distrito Federal e entorno, desde que sejam utilizadas as variedades de plantas e tecnologias apropriadas para a área. O assunto foi debatido durante o 9º Seminário de Atualização em Eucalipto, promovido por empresas do setor com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), nesta quinta-feira, na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília. “Esse evento é muito importante porque é técnico e prático. Os produtores trazem as suas questões em relação à tecnologia florestal e não saem com dúvidas daqui. O eucalipto é uma cultura exótica, mas que se adapta muito bem em todo o Brasil. O DF está começando a investir e a aumentar a sua área e essa discussão aqui na CNA vai incentivar ainda mais, além de possivelmente despertar o interesse de grandes indústrias (de celulose, papel, serrarias, produção de biomassa para energia, etc) virem para cá”, analisa a assessora técnica da Comissão de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Camila Braga. Um dos principais destaques da programação foi a palestra sobre Cultivo florestal de eucalipto com alta tecnologia, ministrada pelo engenheiro agrônomo da Unisafe Consultoria, Pedro Francio Filho. Ele ressalta que os cuidados devem começar no planejamento da área, passando pelo preparo do solo, fertilização, plantio e manejo. Segundo ele, existem ferramentas disponíveis no mercado para auxiliar o produtor na correção do solo, na escolha da variedade específica para cada região, no controle de plantas daninhas – com tecnologia de aplicação e herbicidas adequados – e no monitoramento de pragas e doenças, entre outras. “A silvicultura contempla 52 fatores que expressam a genética de uma planta e isso vai resultar em alta produtividade. É uma ciência e uma engenharia, a diferença do resultado está no detalhe”, ressalta. A professora da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), Luciana Duque Silva, falou sobre os principais clones recomendados para o Distrito Federal em função do tipo de solo, regime hídrico e finalidade da produção. Segundo ela, as condições restritivas para a silvicultura variam muito de uma região para outra e, no DF, os períodos longos de estiagem, as temperaturas altas e solos mais arenosos exigem cuidados diferenciados para o desenvolvimento das plantas. “Não se pode trazer um pacote tecnológico de outra região para cá e achar que vai funcionar. Também não podemos dizer que existe uma variedade que é a ideal. Não é só o material genético. Existem pragas e o manejo precisa ser diferente. É preciso escolher bem o material, mas tratar ele adequadamente considerando as limitações do ambiente. Se for bem conduzida, a cultura é muito promissora”, ressalta. O gênero eucalipto tem mais de 700 espécies, sendo que existem aproximadamente 20 comerciais e dezenas de clones. Pedro Francio Filho explica que o Brasil tem a maior produtividade do eucalipto e pinus do mundo, com 40 m3 por hectare/ano, mas tem potencial para alcançar de 60 a 80 m3 no mesmo espaço e período, tendo como único limitante a água. A programação do encontro – que reuniu produtores rurais, profissionais e estudantes – também abordou temas como Legislação ambiental aplicada à cultura do eucalipto; Manejo de plantas daninhas e Controle de formigas cortadeiras. Fonte: Assessoria

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