sábado, 31 de maio de 2014
Doença em pastagens aumenta riscos de prejuízos na pecuária de MT
Doença em pastagens aumenta riscos de prejuízos na pecuária de MT
Problema tem comprometido pastos em propriedades do Estado.
Embrapa pesquisa novas variedades de capim resistentes à síndrome
31/05/2014 15h22
Do G1 MT
Em Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, pecuaristas têm enfrentado problemas em função da doença do mal súbito da pastagem, que afeta a braquiária. A combinação clima da região, mais a falta de variabilidade genética tem contribuído com o aparecimento da síndrome.
Na propriedade do criador José Maringá o capim não resistiu à morte súbita. “Tem pastagem nossa que morreu 70% do capim de um ano para outro”, conta o produtor. Sem alimento para o gado, o pecuarista foi obrigado a se desfazer de metade do rebanho. O plantel que antes chega a mil cabeças agora caiu para 500 animais.
“Já venceu o prazo da braquiária hoje. Tentamos adubar, fazer de tudo para ficar com ela, mas igual a esse capim não vai ter outra variedade”, pontuou José Maringa.
Em Alta Floresta a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conduz há três anos pesquisas sobre a síndrome e que tentam apontar novas variedades de capim que resistam ao problema. Os resultados já começam a ser tabulados.
“A ideia foi avaliar se as plantas morrem ou não na condição que já tínhamos o brizantão morrendo. Não podemos ficar dependentes de uma única planta como fizemos nos últimos vinte anos”, explica Bruno Pedreira, agrônomo da Embrapa.
“O que o produtor tem a fazer é plantar em áreas onde o problema ocorre os capins alternativos”, complementa Moacyr Dias Filho, também agrônomo da Embrapa.
Mas os pesquisadores já advertem. Mesmo com novas plantas como alternativas, os resultados não serão iguais ao da braquiária.
Com o problema na pastagem, o pecuarista José Maringá diz que não pretende reformar o pasto. Ele deve transformar a área antes destinada à criação dos animais em lavouras para recuperar o solo.
“O custo para recuperar a pastagem é em torno de R$ 1,5 mil ha e a lavoura, se fizer por dois ou três anos, quatro anos, e depois para a pastagem, o custo é zero, somente com a semente”, diz Maringá. Os pesquisadores também recomendam a integração lavoura-pecuária.
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