quarta-feira, 30 de março de 2016

30/03/2016 - 11:19

Gol tem prejuízo de R$1,13 bi no 4º tri e revisa projeção de corte de decolagens



Priscila Jordão/Reuters


A aérea Gol apurou prejuízo líquido de 1,13 bilhão de reais no quarto trimestre, aumento de 79 por cento ante o resultado negativo de um ano antes, influenciado por menores receitas e maiores custos, o que a fez revisar projeção de corte na oferta em 2016.

Em 2015, a Gol teve prejuízo de 4,29 bilhões de reais, aumento de 284 por cento sobre o resultado negativo de 2014, afetado pelo impacto da desvalorização do real e do bolívar venezuelano frente ao dólar nas despesas operacionais e sobre o saldo dos passivos financeiros.

De outubro a dezembro, a empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 398,9 milhões de reais, queda de 17,3 por cento contra o mesmo trimestre um ano antes.

A receita operacional líquida totalizou 2,65 bilhões de reais no trimestre, baixa de 2,8 por cento sobre os últimos três meses de 2014, resultado do menor volume de passageiros.

O resultado vem após uma queda de 8,8 por cento na demanda total e recuo de 4,8 por cento na oferta total de assentos da companhia no quarto trimestre, com baixa de 3,3 pontos percentuais na taxa de ocupação das aeronaves.

O yield, indicador que mede preços de passagens, subiu 4,5 por cento.

Os custos e despesas operacionais avançaram 7,3 por cento no quarto trimestre na comparação anual, a 2,75 bilhões de reais.

PROJEÇÕES

Com isso, a Gol informou projeção de reduzir entre 15 e 18 por cento o volume total de decolagens em 2016. A projeção anterior da empresa era reduzir de 4 a 6 por cento o volume de decolagens nacional no primeiro semestre.

A oferta total deve cair entre 5 e 8 por cento no ano.

"Esta iniciativa tem como objetivo a adequação da companhia ao patamar atual de demanda do mercado, além de mitigar o impacto inflacionário de 10,7 por cento e cambial de 47 por cento em 2015 em nossos resultados", disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, no balanço da empresa.

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