quarta-feira, 30 de março de 2016

Frango vivo e milho no primeiro trimestre de 2016

Frango vivo e milho no primeiro trimestre de 2016





Frango vivo e milho no primeiro trimestre de 2016
30/03/16 - 10:54 


Muito já foi dito e, praticamente, há pouco a acrescentar em relação ao comportamento do milho no presente exercício. De toda forma, nunca será demais expor seus preços (e os do frango vivo) no primeiro semestre de 2016, comparando-os com as médias registradas no mesmo trimestre dos três anos anteriores e com a inflação (IPCA) acumulada nesses períodos.
Em qualquer situação, o milho registra evolução de preço injustificável e inabsorvível por quem depende do grão na produção e está sujeito às leis de mercado para colocar o produto resultante. 
Ou seja: se fosse acompanhar a evolução de preço do milho em relação ao mesmo trimestre de 2015 (+57,5%), o frango vivo precisaria alcançar, no corrente trimestre, valor em torno de R$3,70/kg. Mas o alcançado (a duras penas, pois já implica em compulsória redução do ritmo de produção) está a menos de três quartos desse valor. Porque o mercado final não absorve e nem tem condições de absorver sequer parte do repasse necessário.
Um dos efeitos disso é observado na perda do poder aquisitivo do frango em relação ao milho. Três anos atrás, no primeiro trimestre de 2013, a venda de uma tonelada de frango vivo gerava receita suficiente para adquirir 5,2 toneladas de milho. Em 2016, essa capacidade recuou cerca de 30%, está em pouco mais de 3,6 toneladas de milho. Quer dizer: para obter o mesmo volume de milho de 2013 o avicultor precisa agora de um volume de frangos quase 50% maior. É algo difícil de suportar por longo período. 


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