sexta-feira, 2 de maio de 2014
Após forte baixa soja caminha de lado nesta 6ª feira
Após forte baixa soja caminha de lado nesta 6ª feira
02/05/2014 13:31
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam sem oscilações muito expressivas no pregão regular desta sexta-feira (2). Mais cedo, o mercado tentou consolidar uma recuperação depois da forte queda registrada ontem, porém, logo passou a operar em campo misto.
Assim, por volta de 12h (horário de Brasília), o vencimento maio operava sem variação, enquanto o julho e o agosto subiam ligeiramente e o setembro trabalhava com 0,25 ponto de baixa.
Diante de uma falta de novidades e de um cenário de fundamentos positivos já conhecidos, e que já vem sendo precificado há alguns meses, as cotações se movimentam de forma técnica na CBOT, e ainda exibem uma certa volatilidade nos negócios.
A forte realização de lucros vista no pregão de ontem, quando o mercado fechou o dia perdendo mais de 50 pontos e atingindo os menores patamares em sete semanas, foi motivada por vendas de posições por parte dos fundos de investimentos quando os preços chegaram próximos da casa dos US$ 15,20 / US$ 15,30 por bushel, segundo explicam analistas.
"Graficamente, o mercado preocupa. Ele formou um topo duplo nos dias 17 e 30, e quando se aproxima desses topos, ao redor de US$ 15,20, e não os rompe, isso pode configurar um movimento de resistência muito forte e os fundos começarem a vender, podendo romper o suporte dos US$ 14,60", diz Camilo Motter, economista e analista de mercado da Granoeste Corretora.
Entre os fundamentos, portanto, nada mudou. As exportações de soja norte-americanas já ultrapassam largamente a projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em mais de 1 milhão de toneladas, apesar do boletim negativo de ontem - o primeiro da temporada -, e os estoques do país se mostram ainda muito apertados.
Porém, o mercado tem dado atenção também às informações sobre as importações de soja por parte dos Estados Unidos. De acordo com as últimas informações, cerca de seis navios da oleaginosa brasileira estariam sendo direcionados ao país, o que também contribui para uma pressão mais acentuada sobre os preços no mercado internacional.
Além disso, o clima nos Estados Unidos é outro fator que vem ganhando espaço entre os grãos. Nas últimas semanas, o que se viu foram condições adversas para o plantio, com o excesso de chuvas e temperaturas muito baixas, abaixo da média para essa época do ano.
Porém, as fortes chuvas que eram esperadas para os últimos dias não foram confirmadas e, segundo as últimas previsões climáticas, se abre uma boa janela de plantio dos grãos para a próxima safra.
"Olhando para o presente, ainda temos um mercado com muita volatilidade, com largas passadas para cima e para baixo, sem um rumo muito claro agora. Temos elementos no quadro fundamental que dão sustentação, porém, podemos ter também outros que criem um alerta para o mercado. Temos uma perspectiva de safra cheia e se o plantio começa a desenvolver-se bem, mais os fundos comprados que podem começar a vender ou recompor suas carteiras e comprar de forma bastante acentuada", explica Motter.
Fonte: Notícias Agrícolas
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